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AVALIAÇÃO DO SONO DE MULHERES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

Data de publicação  28/03/2025, 10:50
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Turma VIII (2024)

Aluno (a): HILDERLÂNIA DE FREITAS LIMA

Orientador (a): Profa. Dra. Vívian Saraiva Veras

Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar a saúde do sono em mulheres com diabetes mellitus gestacional, atendidas na Atenção Secundária à Saúde, nos municípios de Baturité e Quixadá. Trata-se de pesquisa do tipo descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, realizada no período de setembro de 2023 a abril de 2024, com gestantes diagnosticadas com DMG, atendidas em duas policlínicas no interior do estado do Ceará. As instituições não forneceram o número exato de consultas de pré-natais com pacientes DMG, tornando o cálculo amostral inviável, optou-se por estender a coleta e utilizar amostragem não probabilística por conveniência. A coleta durou oito meses, sendo finalizada por saturação. Para a coleta de dados, utilizou-se de instrumento incluindo: dados sociodemográficos; dados antropométricos; antecedentes obstétricos/dados da gravidez atual; histórico de saúde; rotina e higiene do sono e exames laboratoriais. Posteriormente, aplicaram-se três escalas, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Índice de Higiene do Sono (SHI) e a Escala de Sonolência de Epworth (ESS). Para análise estatística, utilizaram-se de frequências absolutas e relativas, médias e desvio padrão, mediana e intervalo interquatil, teste Shapiro-Wilk, teste t de Student, teste de Kruskal-Wallis. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), conforme parecer 6.326.691. Compuseram amostra 102 DMG, todas do interior do estado do Ceará (100%), idade menor que 34 anos (70,6%), pardas (82,4%), escolaridade média de 12 anos (55,9%), possuíam parceiros fixos (61,8%), sem trabalho remunerado (67,6%), com a renda base de R$862,41 (55,9%). A mediana da idade gestacional foi de 30,5 semanas, sendo a gravidez atual planejada (51,0%), em que apenas 10,8% tiveram DMG anterior. Tomavam café (87,3%), não faziam uso de cigarro e bebida alcoólica durante a gravidez, dentre as condições de saúde, a hipertensão sistêmica foi a mais citada (23,5%). Sobre o tratamento, observou-se que dentre as que faziam uso do farmacológico, a metformina (30,4%) foi a mais citada e apenas 18,6% praticavam atividade física. Dormiam na semana 8h30min e nos finais de semana 10h30min. Utilizam aparelhos eletrônicos antes de dormir (91,2%), sendo o aparelho celular (82,8%) o mais utilizado. Mulheres com DMG (96%) se enquadraram no quesito de sono insatisfatório com baixa qualidade do sono (PSQI > 5). A sonolência durante a execução das atividades habituais esteve presente na minoria das gestantes com DMG (40,2%). Notou-se não haver diferença estatisticamente relevante ao realizar-se associação entre as características demográficas, obstétricas e clínicas das gestantes com DMG, com índice global do PSQI, SHI e ESS. Ao observar associação significativa entre a depressão com a qualidade do sono, de modo que as DMG que apresentaram quadros depressivos tiveram pior qualidade do sono em comparação às demais (p=0,021). A avaliação do sono deve fazer parte da rotina de pré-natal, é necessário desenvolver cultura de prevenção e promoção à saúde, a partir de estratégias de educação em saúde e higiene do sono, dirigidos às DMG.

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