QUALIDADE DO SONO DE ESCOLARES E SEUS CUIDADORES E SUA INTERFACE COM INDICADORES DE SAÚDE
Turma I (2017)
Aluno (a): SUSY MARIA FEITOSA DE MELO FREITAS
Orientador (a): Profa. Dra. Vívian Saraiva Veras
Resumo: FREITAS, S.M.F.M. Qualidade do sono de escolares e seus cuidadores e sua interface com fatores de saúde. 2018. 116p. Dissertação (Mestrado) – Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, Redenção-CE, 2018. O sono de boa qualidade fornece as condições ideais para o desenvolvimento físico e emocional ótimo e são diversos os fatores que modulam essa importante necessidade humana. Problemas relacionados ao padrão de sono são queixas comuns na prática clínica, contudo, a relação entre a qualidade do sono de crianças e a de seus cuidadores ainda é pouco explorada. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade do sono de crianças em idade escolar e de seus cuidadores e verificar a interface com alguns fatores de saúde. Estudo transversal e descritivo, realizado em duas escolas públicas da cidade de Redenção-Ceará. A amostra foi composta por 444 escolares e cuidadores. Para a coleta de dados utilizou-se a Escala de Distúrbios do Sono em Crianças e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, além de um formulário com questões demográficas, comportamentais e de saúde. Para análise estatística, utilizou-se os testes Qui-quadrado de Pearson, razão de verossimilhança e Mann–Whitney, adotando-se intervalo de confiança de 95% e significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) sob parecer 2.296.842. Entre os escolares, houve predomínio de meninas (55,4%) e a média de idade foi de 9,1 anos. O excesso de peso esteve presente em 35,1% e o sedentarismo em 60,8%. Em relação à avaliação do sono, verificou-se prevalência de 9,5% com distúrbios respiratórios do sono, 0,9% com hiperidrose do sono e 27,9% com enurese noturna. No que diz respeito ao escore global da escala de distúrbios do sono, 39,2% dos escolares alcançaram escores elevados, condizentes com baixa qualidade do sono. Entre os cuidadores, prevaleceu a figura da mãe (80,2%) e a idade média do grupo foi de 37,3 anos. O uso crônico de medicamentos esteve presente em 29,7%. Quanto à avaliação do sono, a maioria dos cuidadores (55,4%) enquadrou-se no quesito de boa qualidade do sono (PSQI < 5). Observou-se associação significativa entre o estado de saúde do cuidador e a qualidade do sono da criança (p=0,009). Dessa forma, constata-se que a qualidade do sono dos escolares depende de múltiplos fatores e sofre influência do estado de saúde do cuidador. Palavras chave: Sono. Distúrbios do sono. Escolares. Saúde da criança.