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EFETIVIDADE DA INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM PREVENÇÃO CONTRA QUEDAS EM IDOSOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

Data de publicação  20/05/2021, 13:44
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Turma III (2019)

Aluno (a): FRANCISCA VALÚZIA GUEDES GUERRA

Orientador (a): Profa. Dra. Rafaella Pessoa Moreira.

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a efetividade da Intervenção de Enfermagem Prevenção contra quedas em idosos com hipertensão arterial e com o Diagnóstico de Enfermagem Risco de quedas. Realizou-se um ensaio clínico randomizado, no município de Redenção-Ceará, entre abril de 2019 e janeiro de 2020, com 118 idosos alocados por randomização simples em: grupo intervenção e grupo controle. Emparelharam-se os idosos por sexo e idade, alocando-os em unidades diferentes por um colaborador que não os conhecia. A intervenção ocorreu em domicílio e se baseou em um protocolo previamente elaborado, contendo definições operacionais para atividades de enfermagem da intervenção Prevenção contra quedas. Realizaram-se três visitas para a aplicação e reforço da intervenção e avaliação dos seguintes desfechos: ocorrência de quedas; magnitude de indicadores de resultados NOC e magnitude do diagnóstico Risco de quedas. Estes foram verificados por avaliadores cegos para o grupo de alocação dos idosos. Na análise estatística, utilizou-se o teste do Qui-quadrado e o teste exato de Fisher. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (parecer nº: 3.292.474). Os grupos, na baseline, eram homogêneos para todas as variáveis sociodemográficas testadas. Após três meses da intervenção, houve uma diferença intergrupo significativa (13%; p=0,038), na ocorrência de quedas, na frequência do diagnóstico Risco de quedas (p=0,003) e nos fatores de risco, populações em risco e condições associadas: ambiente cheio de objetos; cenário pouco conhecido; exposição a condições atmosféricas inseguras; material antiderrapante insuficiente no banheiro; história de quedas; doença aguda; hipotensão ortostática; prejuízo na audição e visão prejudicada. Na análise intragrupo intervenção, os fatores que apresentaram diferença significativa foram: ambiente cheio de objetos; iluminação insuficiente e uso de tapetes soltos. Foram estatisticamente significativos os seguintes indicadores NOC: identifica fatores de risco; monitora os fatores de risco ambientais; monitora os fatores de risco pessoais; identifica fatores de risco; monitora os fatores de risco ambientais e monitora os fatores de risco pessoais; suprimentos; equipamentos necessários ao alcance; organização do mobiliário para reduzir riscos; identifica o ano correto; identifica o mês correto; identifica o local onde está; recorda informações recentes com precisão; mantém o equilíbrio enquanto em pé; mantém o equilíbrio enquanto gira 360º; sensação de equilíbrio; utiliza óculos corretamente; participação de atividades de lazer de baixa demanda física; uso seguro do medicamento; monitora os efeitos colaterais da medicação; utiliza procedimento seguro de transferência; coloca barreiras para evitar quedas; fornece iluminação; utiliza corrimão quando necessário; utiliza barreiras de apoio quando necessário; utiliza tapetes de borracha na banheira ou chuveiro; uso correto de dispositivos de assistência; quando solicitar assistência pessoal estratégia para manter seguras as superfícies do chão e calçado adequado. Conclui-se que a intervenção Prevenção contra quedas foi efetiva para reduzir em 13% a ocorrência de quedas, modificar fatores de risco do diagnóstico Risco de quedas e alterar positivamente a magnitude de indicadores NOC nos idosos com hipertensão arterial. Palavras-Chave: Idoso. Hipertensão. Acidentes por quedas. Prevenção. Diagnóstico de Enfermagem.

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