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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO – CEARÁ

Data de publicação  20/05/2021, 13:26
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Turma III (2019)

Aluno (a): AGLAUVANIR SOARES BARBOSA

Orientador (a): Profª. Drª. Paula Marciana Pinheiro de Oliveira

Resumo: BARBOSA, Aglauvanir Soares. Distribuição Espacial de Pessoas com Deficiência Visual no Município de Redenção – Ceará. Projeto de dissertação (Mestrado em enfermagem). Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. 2020. Introdução: em todo o mundo, pessoas com deficiência apresentam piores perspectivas de saúde, níveis mais baixos de escolaridade, menor participação econômica e taxas de pobreza mais elevadas em comparação às pessoas sem deficiência. Isso, em parte, pode ter relação com as barreiras no acesso aos serviços arquitetônicos, atitudinais, comunicacionais, de informação e de saúde. Sendo assim, é pertinente reforçar a iniciativa também de atitudes de identificação das localidades onde reside essa clientela para consequentes atividades focadas na vigilância, prevenção e controle em saúde. Objetivo: Realizar a distribuição espacial de Pessoas com Deficiência Visual nas Unidades Básicas de Saúde Sede I, Sede II, Boa Fé e Itapaí no município de Redenção. Método: pesquisa exploratória, descritiva com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada no período de janeiro a dezembro de 2019, em quatro etapas, das quais a primeira refere-se à seleção de material sobre Pessoas com Deficiência, já validado para utilização na capacitação com os Agentes Comunitários de Saúde e escolha da unidade básica para convite aos agentes de saúde. Na segunda etapa, foi realizada a apresentação da proposta ao Coordenador e definida a data para convite formal aos Agentes Comunitários de Saúde. A terceira etapa, por sua vez, constituiu as orientações presenciais no posto de saúde. O momento com todos foi concretizado em sala reservada previamente. Nesse encontro, os agentes de saúde receberam as recomendações sobre Pessoa com Deficiência Visual e como identificá-las. A quarta e última etapa, além da distribuição espacial, foi constituída pela busca com os Agentes Comunitários de Saúde por Pessoas com Deficiência Visual residentes nas localidades onde os profissionais são responsáveis para, então, efetivar a coleta do perfil e classificação da Pessoa com Deficiência Visual. Os dados foram analisados conforme estatística adequada e baseada na literatura científica sobre a temática. Segundo exigido, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira com parecer Nº 2.890.527. A pesquisa seguiu os Aspectos Ético-Legais da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, concernente à pesquisa envolvendo seres humanos. Resultados: A visita aos domicílios ocorreu com a ajuda das agentes de saúde de cada área. Ao chegar ao domicílio, após aceite e assinatura em TCLE, em seguida, era feita a marcação geográfica da localização da residência com o auxílio do GPS Garmin eTrex 10. Em análise sobre a situação de saúde das Pessoas com Deficiência Visual, 22 (44%) apresentaram como problema visual a baixa acuidade. Acerca da causa, 43 pessoas afirmaram ter sido complicações de doenças (86%) como catarata e glaucoma, 32 (64%) disseram que o agravo ocorreu há mais de 10 anos, 21 (43,3%) não fazem qualquer tipo de acompanhamento médico, 31 pessoas (62%) têm algum tipo de comorbidade em saúde e 12 (24%) têm hipertensão arterial sistêmica. O total de agentes de saúde na cidade foi 8, 4 na sede I e 4 na sede II, 3 no distrito de Boa Fé e 2 no distrito de Itapaí, totalizando 5 agentes nos distritos. Foi identificado, no presente estudo, uma maior quantidade de Pessoas com Deficiência no distrito (28) e na cidade (22), fato esse que não configura um fator impeditivo, mas gera maior dificuldade de acesso aos bens e serviços quando se trata de Pessoa com Deficiência e especialmente quando a frota de transportes adequados e a própria infraestrutura não auxiliam no processo. Conclusão: Com isso, evidencia-se que as Pessoas com Deficiência visual enfrentam inúmeras dificuldades no acesso aos serviços de saúde, desde o deslocamento ao serviço, acesso físico difícil, até acomunicação com os profissionais de saúde, indo contra os preceitos éticos da acessibilidade e comprometendo a qualidade da assistência necessária para as Pessoas com Deficiência visual. A acessibilidade é um assunto que precisa ser mais divulgado para a população, sendo necessário ações do governo sobre o assunto. Descritores: Enfermagem; Distribuição Espacial da População; Agentes Comunitários de Saúde; Pessoas com Deficiência; Promoção da Saúde.

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