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COMPARAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E O ESTRESSE DE GESTANTES E DE MÃES UNIVERSITÁRIAS DE DIFERENTES NACIONALIDADES: UMA ABORDAGEM MISTA

Data de publicação  20/05/2021, 13:51
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Turma III (2019)

Aluno (a): FRANCISCO CEZANILDO SILVA BENEDITO

Orientador (a): Prof. Dra. Ana Caroline Rocha de Melo Leite.

Resumo: Gestantes e mães universitárias estão expostas a mudanças e desafios capazes de promover estresse e impactar a qualidade de vida. Assim, a pesquisa objetivou comparar a qualidade de vida e o estresse vivenciado por gestantes e mães universitárias de diferentes nacionalidades. Trata-se de estudo de método misto do tipo sequencial explanatório, realizado com gestantes e mães acadêmicas dos cursos de graduação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB, no período de novembro de 2018 a agosto de 2019. Após aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi solicitado o preenchimento de um questionário abordando desde aspectos socioeconômicos ao consumo de bebida alcóolica. Posteriormente, foram aplicados o questionário World Health Organization Quality of Life bref (WHOQOL-bref) e o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL). Os dados foram organizados e analisados pelo programa Epi Info. Para normalidade dos dados, foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov e, em seguida, foram empregados os testes de Mann-Whitney ou Kruskal Wallis. Adotou-se P < 0,05. A coleta dos dados qualitativos foi realizada por entrevista individual e semiestruturada, focando na influência da gestação e maternidade, no contexto universitário, sobre a qualidade de vida e estresse. A definição amostral foi realizada pelo critério de saturação teórica. As entrevistas foram transcritas e avaliadas pela Análise de Conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNILAB, conforme no do parecer 2.932.282. Na etapa quantitativa, participaram 81 universitárias, com média de idade de 26,4 (±3,8) anos, das quais 41 (50,6%) eram mães, 35 (43,2%) eram brasileiras e 32 (39,5%) eram guineenses. Quanto à qualidade de vida, o pior domínio avaliado foi o ambiente. O domínio melhor analisado pelo grupo das gestantes e das gestantes e mães foi o psicológico. O estresse esteve presente em 61,7% (n = 50) das participantes. Sobre o domínio psicológico, constatou-se maior mediana entre as participantes que tinham idade maior ou igual a 24 anos (p = 0,00), com companheiro (p = 0,03) e que não apresentavam sinais e sintomas de estresse (p = 0,03). Para o domínio relação social, verificou-se maior mediana entre as brasileiras (p = 0,04) e com renda superior a R$ 530,00 (p = 0,03). Sobre o domínio físico, observou-se menor mediana entre as gestantes (p = 0,02) e, quanto à autoavaliação da qualidade de vida, constatou-se maior mediana entre as estudantes que não apresentavam sinais e sintomas de estresse (p = 0,03). Participaram da etapa qualitativa 22 mulheres, cujas falas originaram categorias que compreenderam desde as repercussões psicológicas e acadêmicas em gestantes universitárias frente às atitudes de colegas e a relação entre as demandas acadêmicas e o estado gestacional à deficiência da rede de apoio às mães internacionais. Concluiu-se que as participantes experienciaram níveis de estresse, particularmente as gestantes, na fase de quase exaustão. A qualidade de vida foi afetada negativamente pelo estresse e fatores, como gestação e maternidade, menor renda, ausência do companheiro, início tardio do pré-natal, nacionalidade, pressão da vida universitária e rede de apoio ineficaz. Descritores: Qualidade de Vida (D011788). Estresse Fisiológico (D013312). Estresse Psicológico (D013315). Gravidez (D011247). Enfermagem Materno-Infantil (D016389). Universidades (D014495).

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