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CARACTERIZAÇÃO E ASSOCIAÇÃO ENTRE HÁBITOS DE HIGIENE ORAL, ESTILO DE VIDA E PERFIL ALIMENTAR DE UNIVERSITÁRIOS DA COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Data de publicação  13/04/2021, 14:32
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Turma I (2017)

Aluna: Ana Gesselena da Silva Farias

Orientador (a): Prof.ª. Dra. Ana Caroline Rocha de Melo Leite

Resumo: Universitários tornam-se vulneráveis ao desenvolvimento de patologias orais pela adoção de novos comportamentos relacionados ao estilo de vida, alimentação e hábitos de higiene oral. O estudo objetivou analisar os hábitos de higiene oral, estilo de vida e perfil alimentar de universitários recém-ingressos à Universidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e quantitativa, conduzida com acadêmicos brasileiros e internacionais recémingressos a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Após aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi preenchido um questionário, abordando as temáticas: aspectos biológicos, sociodemográficos e econômicos; hábitos de higiene bucal; perfil alimentar e estilo de vida. Os dados foram organizados e processados pelo Programa Epi Info. Foi realizada análise descritiva, obtendo-se frequências relativas e absolutas das variáveis categóricas. Para avaliação das relações entre essas variáveis, foi aplicado o Teste qui-quadrado ou Teste exato de Fisher. Foi adotado o nível de significância de P < 0,05. Participaram do estudo 131 universitários, dos quais 101 eram brasileiros e 30 internacionais. Dos participantes, 50,6% dos brasileiros e 63,3% dos internacionais consideravam sua higiene oral como regular. Quanto à frequência de escovação, 58,4% dos brasileiros e 56,7% dos internacionais faziam-na 3 vezes ao dia. Dentre os meios utilizados na higienização oral, destacaram-se a escova e creme dental. A maior parte dos brasileiros conhecia o fio dental em detrimento de um menor quantitativo de internacionais (56,7%). Em relação ao seu uso, mais da metade dos brasileiros o fazia, contrapondo-se aos 76% dos internacionais que não o utilizava. Um maior quantitativo de brasileiros buscou atendimento odontológico. A prática de atividade física foi maior entre os universitários internacionais, os quais praticavam principalmente futebol. Para os brasileiros, 29,5% realizavam musculação e 20,4% faziam futebol. A maioria dos estudantes não fumava e, quanto ao consumo de bebida alcoólica, 63,4% dos brasileiros e 50% dos internacionais não tinham esse hábito. Os alimentos mais consumidos foram suco de fruta, café e leite com açúcar. Houve relação significativa entre idade com busca por atendimento odontológico e prática de atividade física. Observou-se associação significativa entre renda com busca por atendimento odontológico e consumo de leite com açúcar. Constatou-se relação significante entre consumo de suco de fruta com açúcar e percepção de higiene oral e frequência de escovação. Resultado semelhante ocorreu com o consumo de café com açúcar. Os dados mostraram relação significante entre consumo de leite com açúcar e busca por atendimento odontológico. Pode-se concluir que os universitários, independentemente da nacionalidade, apesar de não terem uma adequada percepção da higiene oral e não fazerem uso de todos os meios essenciais para essa prática, eles possuíam uma boa frequência de escovação e buscavam atendimento odontológico. Eles tinham uma alimentação inadequada. Os aspectos bio-sociodemográfico e econômico, hábitos de higiene oral, estilo de vida e perfil alimentar se relacionavam. Diante dos dados obtidos nessa pesquisa, podem-se fomentar debates e ações no ambiente universitário e seu entorno sobre as temáticas investigadas, com o intuito de prevenir doenças e manter a saúde dos universitários. Palavras-chave: Saúde bucal. Estudantes. Estilo de vida.

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