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CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA

Data de publicação  20/05/2021, 14:11
Postagem Atualizada há 3 anos
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Turma IV (2020)

Aluno (a): RAISSA EMANUELLE MEDEIROS SOUTO

Orientador (a): Dra. Monaliza Ribeiro Mariano Grimaldi

Resumo: O presente estudo tem como objetivo desenvolver um Questionário de Identificação de Violência Obstétrica, em seguida realizar a validação de conteúdo com os juízes e a análise semântica com o público-alvo. Trata-se de um estudo metodológico, onde foi utilizado o pilar proposto por Coluci, Alexandre e Milani. Para construção do Questionário, seguiu-se as seguintes etapas: estabelecimento da estrutura conceitual e definição dos objetivos do instrumento e da população envolvida; construção dos itens e das escalas de resposta, seleção e organização dos itens; estruturação do instrumento; validade de conteúdo; e pré-teste ou análise semântica. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando a seguinte pergunta norteadora: quais as formas de violência obstétrica mais prevalentes de acordo com a literatura científica? Foram utilizados os descritores controlados: “mulheres grávidas”, “mulheres”, “pessoal de saúde”, “parto”, “parto normal”, “parto humanizado”, “gravidez”, “trabalho de parto”, “violência” e “violência contra a mulher” com o uso dos operadores booleanos AND e OR como ferramenta para o cruzamento. O levantamento dos artigos foi feito nas bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE, SCOPUS e Web of Science. A seleção dos juízes foi por meio da amostragem de rede ou bola de neve, dos quais 35 juízes foram selecionados. A coleta de dados ocorreu em maio e junho de 2020, sendo enviada uma cartaconvite via e-mail, correio postal ou via WhatsApp® aos juízes. Os critérios avaliados pelos juízes foram de clareza da linguagem, pertinência prática e relevância teórica. Após a validação de conteúdo, foi realizada a análise semântica com 35 mulheres. A seleção da amostra se deu por amostragem de rede ou bola de neve. Os critérios de inclusão foram: possuir idade igual ou superior a 18 anos e ter tido pelo menos uma experiência com parto. Foram excluídas mulheres que apresentassem dificuldade na compreensão para avaliação do questionário. A coleta de dados ocorreu em setembro de 2020 por meio do envio de um formulário eletrônico via e-mail ou WhatsApp®. Inicialmente, foi enviado o formulário eletrônico, o qual continha TCLE, que após o consentimento em participar do estudo, este era direcionado para o instrumento de avaliação semântica dos itens pelo público-alvo. Os dados de identificação dos juízes e os sociodemográficos e gineco-obstétricos das mulheres foram processados e analisados de forma descritiva, por meio dos cálculos para frequência absoluta e relativa, médias e desvios padrão das variáveis numéricas. A partir da revisão integrativa surgiram as 7 categorias de violência obstétrica: verbal, psicológica, física, sexual, discriminatória, institucional e financeira. O Questionário foi composto de 67 itens do tipo likert e check list, sendo dividido em três blocos: Dados de identificação, Antecedentes obstétricos e Categorias de violência obstétrica. A validação de conteúdo pelos juízes aos critérios de clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica atingiram uma média de IVC, respectivamente, de 0,95; 0,97 e 0,97; evidenciando congruência entre os itens e tornando-os validados. A média de alfa de Cronbach para os critérios acima citados foram, respectivamente, 0,94; 0,96 e 0,96; evidenciando boa consistência interna entre os itens. Após a validade de conteúdo, o Questionário foi submetido a análise semântica dos itens pelo público-alvo com uma amostra de 35 mulheres. A análise apresentou média de 0,91 para os valores de IVC e para os valores de alfa de Cronbach de 0,98, tornando o Questionário validado. O Questionário de Identificação de Violência obstétrica foi considerado válido para aplicação com o público alvo, podendo ser utilizado pelos profissionais de saúde, a fim de identificar uma possível violência obstétrica, e contribuir para melhoria da assistência de saúde. Palavras-chaves: Obstetrícia; Humanização do parto; Violência contra a mulher; Estudos de validação; parto; trabalho de parto.

 

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